domingo, 22 de setembro de 2013

Humanismo

2ª Época Medieval
(Homem Vitruviano- Leonardo da Vinci)


Humanismo é o nome da produção literária do período situado entre o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Ou seja, entre o século 15 e o início do 16.
Além da produção historiográfica de Fernão Lopes (aproximadamente 1380-1460), esse período compreende a Poesia Palaciana e a produção teatral de Gil Vicente (aproximadamente 1465-1536). 


  • Crônica histórica
Fernão Lopes, considerado o introdutor da historiografia em Portugal, é o principal representante do gênero. Sua obra contém ironia e crítica à sociedade portuguesa. 

Mesmo centralizando sua crônica nas ações da família real, Fernão Lopes também investigou as relações entre outras classes sociais e captou o sentimento coletivo da nação. Seu maior mérito foi conciliar pesquisa histórica e qualidade literária. 

(Fernão Lopes)
  • Poesia palaciana
Essa poesia trata de assuntos da vida palaciana e reproduz a visão de mundo dos nobres e fidalgos que a produziam. O amor é tratado de forma mais sensual e a mulher já não é tão idealizada quanto no trovadorismo.

  • Teatro popular
Pai do teatro português, Gil Vicente também foi músico, ator e encenador. Sua obra trata de muitos temas, sempre com uma abordagem caracterizada pela transição entre a Idade Média e o Renascimento. Ou seja: do pensamento teocêntrico (marcado por elementos de religião, como céu e inferno) ao humanista (marcado pelo antropocentrismo e racionalismo).
(Gil Vicente)



Com o que ficar atento? 
Humanismo é o nome dado a um movimento cultural iniciado no século 14, na Itália. Ele se caracteriza pelo estudo de textos gregos e latinos, transformados em modelos e fontes de inspiração.

O Humanismo português (desenvolvido ao longo do século 15 e em parte do 16) produziu manifestação literária de vários gêneros: prosa, poesia e teatro. 



  •      Curiosidades :

O Auto da Compadecida, peça escrita em 1955 por Ariano Suassuna, no Nordeste do Brasil, apresenta traços semelhantes aos dos autos de Gil Vicente.
No Fim da peça, as principais personagens participam de um julgamento após a morte. Estão presentes o Encourado (demônio caracterizado com trajes nordestinos), que levará os condenados os condenados para o inferno, e a Compadecida (Nossa Senhora), que conduzirá os bem-aventurados para o paraíso.


  (Cartaz do filme O Auto da Compadecida )

Assim como no Auto da Barca do Inferno, o padre e o bispo- representantes da Igreja- são condenados. O Encourado aponta uma série de atitudes reprováveis que contradizem os preceitos cristãos. Nas duas obras, questões características da sociedade do período são apresentadas de modo a enfatizar as virtudes e os vícios humanos. 


                                                                                                                                             

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