Olá, Inquietxs!
Bem, vim aqui dizer que estou "deixando" o blogspot... O motivo? Bem, por melhorias!
O blogspot é um pouco restrito em questão de layout e tudo mais e, desde o ano passado, queria muda, dar um ar novo para o blog, mas, aqui infelizmente não dá para fazer muitas coisas! D:
Estou mudando para o "wordpress", lá é possível deixar os posts mais organizados, bonitos e dinâmicos!
Gostaria de agradecer vocês, por terem acompanhado o blog, foi tão lindo! Mesmo passando muito tempo sem postar nada, via que as estatísticas e comentários não paravam de subir! Obrigada! <3
Deixarei o blog ativo, para vocês visitarem sempre, mas também, deixarei o link do novo blog (https://diasinquietosoficial.wordpress.com/)
Beijos de Luz,
Nicolle Cruz
Dias Inquietos
terça-feira, 26 de julho de 2016
segunda-feira, 4 de julho de 2016
Eu Queria Ter e Ser
Eu queria ter tipo um campo pra jogar com todos os meus amigos.
Eu
queria ter tipo uma vida menos corrida.
Eu queria ter uma vida menos confusa.
Eu queria acordar vendo uma cachoeira, todo dia.
Eu queria poder tomar banho nela quando quisesse.
Eu queria poder parar de procurar o amor.
Eu queria poder dormir abraçadinho com alguém.
Eu queria poder morar dentro daquela musica do John Lennon.
Eu queria poder abrir a janela e olhar grandes montanhas forradas de verde.
Eu queria poder dizer que sou feliz.
Eu queria poder dar aula numa escolinha no interior, pra um monte de criança inocente.
Eu queria ter tipo uma mensagem que fizesse as pessoas desistirem de carrões, de grandes sonhos de consumo.
Eu queria ter tipo o poder de convencer que as pequenas coisas são as mais gostosas.
Eu queria ser tipo mais compreensivo.
Eu queria ser tipo mais amigo.
Eu queria ser tipo um morador de uma casinha dentro de um cenário qualquer.
Eu queria ser tipo um menino brincando de Falcon novamente.
Eu queria acordar só mais um dia vendo meu pai e minha mãe juntos.
Eu queria poder dizer a eles que estou indo bem na escola da vida.
Eu queria ter participado mais da vida familiar.
Eu queria ter podido dar mais condições a eles.
Eu queria poder trocar o que conquistei por um único olhar daquela menina.
Eu queria que minhas poesias a conquistassem.
Eu queria que pessoas como o Renato e o Cazuza tivessem tido o que tanto cantavam, o amor.
Eu queria ter conhecido o Plínio Marcos, o João Antônio, o Raul Seixas e o Chico Science.
Eu queria estar escrevendo o que eu queria ter um dia.
Eu queria ter nascido num cenário do Star Wars.
Eu queria ter conhecido a Emilia e o Visconde.
Eu queria ter um poço de pesca pra mim e pros meus amigos.
Eu queria ter tipo um máquina do tempo, para poupar tanto sofrimento.
Eu queria ter uma cabana, com gelo no teto e arvores em volta.
Eu queria nem saber o que é dinheiro.
Eu queria ser tipo um cara conquistador.
Eu queria ter a certeza que conquistadores são felizes.
Eu queria saber cantar.
Eu queria ser tipo um viajante.
Eu queria acordar com um grande café da manhã na minha cama.
Eu queria registrar aquele sorriso naquele dia para sempre.
Eu queria poder saber o que será do meu povo amanhã.
Eu queria poder saber porque ela não conseguiu ficar ao meu lado.
Eu queria saber a fórmula de um grande sucesso.
Eu queria saber porque a fórmula do fracasso é agradar todo mundo.
Eu queria ter um robozinho daqueles de plástico que minha mãe me dava em datas especiais.
Eu queria ver meu pai chegando e fingir que estava dormindo novamente.
Eu queria saber dizer mais coisas agradáveis.
Eu queria que todos comemorassem o Natal de verdade.
Eu queria um dia poder voar como um pássaro.
Eu queria ser tipo uma frota contra o mal.
Eu queria saber o que é o mal.
Eu queria ser tipo um cara em que as idéias valessem algo.
Eu queria ser tipo um cara que deixou algo pra alguém.
Eu queria poder mostrar aquele momento em que o menino dividiu com todo mundo o pão velho que comia numa viela.
Eu queria poder entender como os engravatados podem comer numa mesa onde o almoço é mais caro que o salário da maioria dos brasileiros e mesmo assim dormem tranqüilos.
Eu queria ser tipo um cara ingênuo, a ponto de acreditar em Papai Noel, duendes e na polícia.
Eu queria ser tipo um cara sem insônia, sem gastrite, sem dores tão fortes na alma.
Eu acho que ainda queria ser só um desenhista.
Eu acho que ainda queria ser só alguém num mundo legal.
Eu acho que ainda queria ser aquele menino que não via as coisas como elas eram.
Eu acho que ainda queria ser aquele chato que sempre levantava a mão primeiro na hora das perguntas.
Eu acho que ainda queria ser mais um da turma.
Eu acho que ainda queria brincar de banca de gibis com minha irmã.
Eu acho que ainda queria ser aquele menino que andava de banca em banca procurando aventuras em quadrinhos.
Eu acho que ainda queria ter a esperança boba de achar que poderia fazer a diferença nessa bagunça de mundo.
Eu acho que vou dormir.
Eu também acho que amanhã bem cedo vou procurar realizar pelo menos algo disso tudo, e você o que acha?
Eu queria ter uma vida menos confusa.
Eu queria acordar vendo uma cachoeira, todo dia.
Eu queria poder tomar banho nela quando quisesse.
Eu queria poder parar de procurar o amor.
Eu queria poder dormir abraçadinho com alguém.
Eu queria poder morar dentro daquela musica do John Lennon.
Eu queria poder abrir a janela e olhar grandes montanhas forradas de verde.
Eu queria poder dizer que sou feliz.
Eu queria poder dar aula numa escolinha no interior, pra um monte de criança inocente.
Eu queria ter tipo uma mensagem que fizesse as pessoas desistirem de carrões, de grandes sonhos de consumo.
Eu queria ter tipo o poder de convencer que as pequenas coisas são as mais gostosas.
Eu queria ser tipo mais compreensivo.
Eu queria ser tipo mais amigo.
Eu queria ser tipo um morador de uma casinha dentro de um cenário qualquer.
Eu queria ser tipo um menino brincando de Falcon novamente.
Eu queria acordar só mais um dia vendo meu pai e minha mãe juntos.
Eu queria poder dizer a eles que estou indo bem na escola da vida.
Eu queria ter participado mais da vida familiar.
Eu queria ter podido dar mais condições a eles.
Eu queria poder trocar o que conquistei por um único olhar daquela menina.
Eu queria que minhas poesias a conquistassem.
Eu queria que pessoas como o Renato e o Cazuza tivessem tido o que tanto cantavam, o amor.
Eu queria ter conhecido o Plínio Marcos, o João Antônio, o Raul Seixas e o Chico Science.
Eu queria estar escrevendo o que eu queria ter um dia.
Eu queria ter nascido num cenário do Star Wars.
Eu queria ter conhecido a Emilia e o Visconde.
Eu queria ter um poço de pesca pra mim e pros meus amigos.
Eu queria ter tipo um máquina do tempo, para poupar tanto sofrimento.
Eu queria ter uma cabana, com gelo no teto e arvores em volta.
Eu queria nem saber o que é dinheiro.
Eu queria ser tipo um cara conquistador.
Eu queria ter a certeza que conquistadores são felizes.
Eu queria saber cantar.
Eu queria ser tipo um viajante.
Eu queria acordar com um grande café da manhã na minha cama.
Eu queria registrar aquele sorriso naquele dia para sempre.
Eu queria poder saber o que será do meu povo amanhã.
Eu queria poder saber porque ela não conseguiu ficar ao meu lado.
Eu queria saber a fórmula de um grande sucesso.
Eu queria saber porque a fórmula do fracasso é agradar todo mundo.
Eu queria ter um robozinho daqueles de plástico que minha mãe me dava em datas especiais.
Eu queria ver meu pai chegando e fingir que estava dormindo novamente.
Eu queria saber dizer mais coisas agradáveis.
Eu queria que todos comemorassem o Natal de verdade.
Eu queria um dia poder voar como um pássaro.
Eu queria ser tipo uma frota contra o mal.
Eu queria saber o que é o mal.
Eu queria ser tipo um cara em que as idéias valessem algo.
Eu queria ser tipo um cara que deixou algo pra alguém.
Eu queria poder mostrar aquele momento em que o menino dividiu com todo mundo o pão velho que comia numa viela.
Eu queria poder entender como os engravatados podem comer numa mesa onde o almoço é mais caro que o salário da maioria dos brasileiros e mesmo assim dormem tranqüilos.
Eu queria ser tipo um cara ingênuo, a ponto de acreditar em Papai Noel, duendes e na polícia.
Eu queria ser tipo um cara sem insônia, sem gastrite, sem dores tão fortes na alma.
Eu acho que ainda queria ser só um desenhista.
Eu acho que ainda queria ser só alguém num mundo legal.
Eu acho que ainda queria ser aquele menino que não via as coisas como elas eram.
Eu acho que ainda queria ser aquele chato que sempre levantava a mão primeiro na hora das perguntas.
Eu acho que ainda queria ser mais um da turma.
Eu acho que ainda queria brincar de banca de gibis com minha irmã.
Eu acho que ainda queria ser aquele menino que andava de banca em banca procurando aventuras em quadrinhos.
Eu acho que ainda queria ter a esperança boba de achar que poderia fazer a diferença nessa bagunça de mundo.
Eu acho que vou dormir.
Eu também acho que amanhã bem cedo vou procurar realizar pelo menos algo disso tudo, e você o que acha?
(Ferréz)
quinta-feira, 23 de junho de 2016
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Viagem longa, destino incerto...
Rubem Alves
Esse é
o mês em que sofro mais por causa de vocês, moços. Tenho dó. Ainda nem deixaram
de ser adolescentes, e já são obrigados a comprar passagens para um destino
desconhecido, passagens só de ida, as de volta são difíceis, raras, há uma
longa lista de espera. Alguns me contestam: afirmam saber muito bem o lugar
para onde estão indo. Assim são os adolescentes: sempre têm os bolsos cheios de
certezas. Só muito tarde descobrem que certezas valem menos que um tostão.
Seria
muito mais racional e menos doloroso que vocês fossem obrigados agora a
escolher a mulher ou o marido. Hoje casamento é destino para o qual só se vende
passagem de ida e volta. É muito fácil voltar ao ponto de partida e recomeçar:
basta que os sentimentos e as ideias tenham mudado.
Mas a
viagem para a qual vocês estão comprando passagens dura cinco anos, pelo menos.
E se depois de chegar lá vocês não gostarem? Nada garante...Vocês nunca
estiveram lá. E se quiserem voltar? Não é como no casamento. É complicado. Leva
pelo menos outros cinco anos para chegar a um outro lugar, com esse bilhete que
se chama vestibular e essa ferrovia que se chama universidade. E é duro voltar
atrás, começar tudo de novo. Muitos não têm coragem para isso, e passam a vida
inteira num lugar que odeiam, sonhando com um outro.
Em
Minas, onde nasci, se diz que para se conhecer uma pessoa é preciso comer um
saco de sal com ela. Os apaixonados desacreditam. Quem é acometido da febre da
paixão desaprende a astúcia do pensamento, fica abobalhado, e passa a repetir
as asneiras que os apaixonados têm repetido pelos séculos afora: “Ah! mãe, ele
é diferente...” “Eu sei que o meu amor por ela é eterno. Sem ela eu morro...”.
E assim se casam, sem a paciência de comer um saco de sal. Se tivessem
paciência descobririam a verdade de um outro ditado: “Por fora bela viola; por
dentro pão bolorento...”
Coisa
muito parecida acontece com a profissão: a gente se apaixona pela bela viola, e
só tarde demais, no meio do saco de sal, se dá conta do pão bolorento.
O Pato
Donald arranjou um emprego de porteiro, num edifício de ricos. Sentiu-se a
pessoa mais importante do mundo e estufou o peito por causa do uniforme que lhe
deram, cheio de botões brilhantes, fios dourados e dragonas...
Acontece
assim também na escolha das profissões: cada uma delas tem seus uniformes
multicoloridos, seus botões brilhantes, fios dourados e dragonas. Veja, por
exemplo, o fascínio do uniforme do médico. Por razões que Freud explica
qualquer mãe e qualquer pai desejam ter um filho médico. Lembram-se da Sociedade dos Poetas Mortos? O pai do
jovem ator queria, por tudo nesse mundo, que o filho fosse médico. E ele não
está sozinho. O médico é uma transformação poética do herói Clint Eastwood: o
pistoleiro solitário, apenas com sua coragem e o seu revólver, entra no lugar
da morte, para travar batalha com ela. Como São Jorge. O médico, em suas vestes
sacerdotais verdes, apenas os olhos se mostrando atrás da máscara, a mão
segurando a arma, o bisturi, o sangue escorrendo do corpo do inocente, em luta
solitária contra a morte. Poderá haver imagem mais bela de um herói?
Todas
as profissões têm seus uniformes, suas belas imagens, sua estética. Por isso
nos apaixonamos e compramos o bilhete de ida... Mas a profissão não é isso. Por
fora bela viola, por dentro pão bolorento...
Uma
amiga me contou, feliz, que uma parente querida havia passado no vestibular de
engenharia. “Que engenharia?”, perguntei. “Civil”, ela respondeu. “Por que esta
escolha?” — insisti. “É que ela gosta muito de matemática”. Pensei então na
bela imagem do engenheiro — régua de cálculo, compasso e prumo nas mãos, em
busca do ponto de apoio onde a alavanca levantaria o mundo! “Se ela tanto ama a
matemática talvez tivesse feito melhor escolha estudando matemática”.
Engenheiro,
hoje, mexe pouco com matemática. Tudo já está definido em programas de
computador. O dia a dia da maioria dos engenheiros é “tomar conta de peão em
canteiro de obra...”.
Isso
vale para todas as profissões. É preciso perguntar: “Como será o meu dia a dia,
enquanto como o saco de sal que não se acaba nunca?”.
Mas há
outros destinos, outros trens. Não é verdade que o único caminho bom seja o
caminho universitário. Acho que poucos jovens sequer consideram tal
possibilidade. É que eles se comportam como bando de maritacas: onde vai uma
vão todas. Não podem suportar a ideia de ver o “bando” partindo, enquanto ele
não embarca, e fica sozinho na plataforma da estação...
Deixo
aqui, como possibilidade não pensada, este poema de Walt Whitman, o poeta da Sociedade dos Poetas Mortos:
“Em
nome de vocês...
Que ao
homem comum ensinem
a
glória da rotina e das tarefas
de
cada dia e de todos os dias;
que
exaltem em canções
o
quanto a química e o exercício
da
vida não são desprezíveis nunca,
e o trabalho
braçal de um e de todos
—
arar, capinar, cavar,
plantar
e enramar a árvore,
as
frutinhas, os legumes, as flores:
que em
tudo isso possa o homem ver
que
está fazendo alguma coisa de verdade,
e
também toda mulher
usar a
serra e o martelo
ao
comprido ou de través,
cultivar
vocações para a carpintaria,
a
alvenaria, a pintura,
trabalhar
de alfaiate, costureira,
ama,
hoteleiro, carregador,
inventar
coisas, coisas engenhosas,
ajudar
a lavar, cozinhar, arrumar,
e não
considerar desgraça alguma
dar
uma mão a si próprio.”
Desejo
a vocês uma boa viagem. Lembrem-se do dito do João: “A coisa não está nem na
partida e nem na chegada, mas na travessia...” Se, no meio da viagem, sentirem
enjoo ou não gostarem dos cenários, puxem a alavanca de emergência e caiam fora.
Se, depois de chegar lá, ouvirem falar de um destino mais alegre, ponham a
mochila nas costas, e procurem um outro destino. Carpe Diem!
quarta-feira, 30 de março de 2016
Sentir-se amado
Martha Medeiros
"Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?
A
demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se
amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela
pela sua felicidade,
Que se
preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se
coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá
uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado
é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
É ver
como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como
sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo
d'água.
Sente-se
amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se
amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele
que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se
amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem
inventar um personagem para a relação,
Pois
personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se
amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não
levanta a voz, mas fala;
Quem não
concorda, mas escuta. "
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